Takif’s Blog

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Arquivo para dezembro, 2008

Olhe para o céu

Há quanto tempo você não olha para o céu? Há quanto tempo você não pára um instante para observar o que está acontecendo ao seu redor?

Nesses tempos modernos, não paramos um minuto sequer para olhar o céu, olhamos o céu sim, mas com olhares vagos, quando estamos na correria do dia a dia, nesses tempos que nos obrigam praticamente a nos comportarmos como verdadeiras máquinas de produção em série; nesses tempos modernos que nos aniquilam, que corrompem totalmente nossos corpos, nesses tempos modernos que nos fazem ser servos do relógio, com suas horas marcadas segundo a segundo, nos aniquilando durante todo o tempo de nossa estada nesse planeta escola chamado Terra.

Já não paramos mais para observar realmente o que o céu tem a nos dizer. Já não paramos mais para ouvir o nosso céu interior, para contemplarmos o quanto é belo o céu exterior, esse céu cheio de nuvens de formas e tamanhos diferentes, porém iguais. Nuvens diferentes e iguais; na diferença se encontra a grande beleza das nuvens; mas agora você deve estar se perguntando, como podem ser diferentes e iguais?

Digo que são iguais na sua composição, todas são formadas do mesmo composto, e são diferentes em sua forma, assim também é o nosso céu interior, o céu que nós criamos dentro de nós, o céu que faz parte de nossa alma, igual e diferente.

Igual na nossa essência, todos nós somos iguais com o mesmo fluido vital da vida, mas somos também diferentes, diferentes na forma, diferentes no modo de pensar, nas experiências vividas dia a dia, momento a momento, e mesmo assim continuamos a sermos iguais.

Somos iguais e diferentes como as nuvens do céu, somos diferentes na forma do mesmo jeito que as nuvens do céu são, somos iguais na essência da mesma forma que as nuvens do céu são iguais em sua composição.

Esse imenso céu, com suas diferenças e igualdades, tem muito a nos ensinar. Observemos sua imensidão, e ao mesmo tempo, observemos a imensidão do nosso céu interior; observemos o quão límpido é o céu, e façamos o mesmo com nosso céu interior; você já parou para observar o quão límpido é seu céu interior? Já parou para buscar em seu interior suas “nuvens” iguais e diferentes, tal qual existe no céu exterior? Nosso céu interior precisa estar tão límpido quanto o céu exterior, mesmo contendo “nuvens diferentes e iguais”, é na diferença que encontramos a maturidade interior, e é na igualdade que encontramos a compreensão.

Da mesma forma que o céu somos iguais e diferentes.